Empresários dos variados segmentos precisam se adequar à nova realidade para enfrentarem e superarem o impacto da Covid-19 no varejo a fim de se manterem competitivos no mercado.
De forma geral, a pandemia afetou o poder de compra, mudou o comportamento do consumidor e reduziu o número de pessoas circulando em ruas, shoppings e lojas.
Por outro lado, o aumento repentino das vendas online veio apenas confirmar o que já se apresentava como uma tendência de mercado: a migração em massa para o digital.
Os benefícios fiscais anunciados pelo Governo para as micro e pequenas empresas auxiliam e atendem uma necessidade básica e imediata, mas é preciso se adequar à nova realidade para seguir competitivo.
Gostou do assunto? Saiba mais sobre o impacto da Covid-19 no varejo e quais são as estratégias a serem seguidas para enfrentar e vencer a crise.
O aumento de lockdowns
Lockdown é um termo em inglês que, traduzido, significa confinamento.
Ao ser decretado um lockdown, toda a circulação de pessoas fica proibida, com exceção da oferta e procura pelos serviços básicos.
Essa medida não foi um consenso nacional, mas muitos estados e cidades optaram por ela por algumas semanas no início da pandemia em 2020, o que afetou a economia de forma brusca e inesperada.
A partir de maio de 2020, o comércio foi se adaptando à nova normalidade.
No início de 2021, com o agravamento dos casos, muitas cidades brasileiras optaram mais uma vez pelo fechamento total das atividades, algumas com mais flexibilidade, considerando apenas alguns determinados períodos do dia, principalmente à noite e nos fins de semanas.
Curiosamente o número de consultas por “lockdown” aumentou significativamente no serviço de busca do Google.
Só na última semana de fevereiro de 2021, as pesquisas pelo termo tiveram um aumento de 533% comparado com os sete dias anteriores.
Esse interesse dos consumidores se dá pela necessidade que eles têm em saber como funciona o comércio nesse período e o que fecha ou não durante o bloqueio em cada região.
Para muitos empresários, essa nova medida que está sendo chamada de toque de recolher tem afetado bastante os seus resultados, para outros foi uma oportunidade de migrar de vez para o digital e ganhar o seu espaço no mercado tão competitivo.
Qual é o impacto da Covid-19 no varejo?
O impacto da Covid-19 no varejo é sentido por praticamente toda a classe empresarial, bem como pelos colaboradores e consumidores que precisaram se adequar às mudanças inevitáveis.
Isso aconteceu tanto na loja física como no e-commerce:
No varejo físico
A regra é bem simples: com as portas fechadas, as vendas caíram e, infelizmente, muitos negócios finalizaram suas atividades.
De acordo com o levantamento apontado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, CNC, o impacto da Covid-19 no varejo teve como consequência o fechamento de mais de 75 mil lojas em todo país.
Somente em março de 2020, o recuo foi de 14,4% no volume de vendas em comparação com o mês anterior.
Abril teve o índice histórico de 17,7% na baixa e praticamente todos os segmentos varejistas registraram quedas e fechamentos, em especial:
- vestuário e moda adulto e infantil,
- acessórios,
- calçados,
- hiper, super e minimercados,
- utilidades domésticas,
- eletroeletrônicos.
Foi no mês de maio que o varejo começou a registrar avanços graças à adequação ao ambiente online.
No varejo online
O E-commerce Brasil aponta um crescimento para o setor de 73,88% em 2020, apesar dos dados oficiais ainda não terem sido apurados.
A explicação para esse crescimento é que, apesar da reabertura e normalidade do comércio varejista em geral, os consumidores brasileiros se habituaram a comprar online.
Outro fator é que a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico estima que:
- 20,2 milhões de brasileiros realizaram pela primeira vez uma compra no ambiente online em 2020,
- 150 mil negócios passaram a oferecer seus produtos por intermédio das plataformas digitais.
Como está o comportamento de compra agora?
A plataforma de pagamento holandesa Adyen, realizou uma pesquisa com dois mil brasileiros para analisar o comportamento dos consumidores no pós-pandemia.
Os dados levantados dos entrevistados foram combinados com informações da própria plataforma e contou com o auxílio de mineração de uma consultoria parceira.
O estudo resultou no Relatório Varejo 2021.
De acordo com os dados apresentados, os brasileiros se tornaram mais exigentes em relação à ética da marca.
Eles estão mais engajados e se dizem propensos a consumir produtos e serviços dos negócios locais como forma de incentivo para a continuidade do empreendedorismo regional.
Um detalhe importante desse levantamento é que 91% dos pesquisados afirmam que se o varejo conseguiu oferecer novos canais para vendas, prazos de entregas mais rápidos e até preços menores durante a pandemia, essa flexibilidade deve continuar quando ela passar.
Quais são os critérios de escolha mais importantes para os consumidores?
O Relatório Varejo 2021 mostra que para 90% dos entrevistados qualquer experiência negativa, seja ela no ambiente online ou no físico, é fator determinante para eles não consumirem mais da marca.
Provavelmente esse mesmo pensamento faz parte do comportamento dos demais consumidores.
Entre os critérios principais de escolha, separados por canal, estão:
Na loja física
Para o consumidor entrar e comprar em uma loja física, ela não pode mais se apresentar nos moldes normais, com os seus tradicionais corredores.
De acordo com o Relatório que já citamos, 68% dos entrevistados desejam que os ambientes físicos sejam semelhantes às galerias de arte, com espaços bonitos, agradáveis e seguros.
Outro ponto importante em relação a esse canal é a possibilidade de integrar o pagamento, possibilitando, por exemplo, realizá-lo por meio do Pix ou por aproximação, para garantir mais segurança ao consumidor.
Loja online
Para quem pretende investir no digital, para 86% dos entrevistados pela Adyen, a facilidade de navegação é tão importante quanto a qualidade do produto exposto no e-commerce.
Aqui merece destaque a necessidade de investir em tecnologia para otimizar desde a visita no site até a realização do pagamento e o acompanhamento da entrega.
Aplicativos de entregas
Por algum tempo, os conhecidos aplicativos de entrega eram direcionados apenas para bares e restaurantes.
Outro impacto da Covid-19 no varejo foi a utilização desses aplicativos para oferecer um serviço mais rápido ao cliente que vive com o celular na mão.
Atualmente, eles são compartilhados pelo varejo alimentar de forma geral, inclusive para mercados e espaços de produtos naturais, que antes não faziam parte da gama de oferta dos apps.
Redes sociais
Outro impacto da Covid no varejo foi o uso de redes sociais para promover negócios locais.
Isso virou uma tendência para lojas de todos os segmentos, quer seja para o e-commerce ou espaço físico.
Facebook, Instagram e outras redes funcionam como um verdadeiro canal de aproximação para:
- integrar marca e consumidor,
- oferecer novidades,
- promover engajamentos por meio de pesquisa, sorteios, etc.
Como lidar com o impacto da Covid-19 no varejo?
Nós sabemos que o caminho foi difícil até aqui para todos os empresários.
Ainda temos alguns passos para percorrer, mas que tal tirar algumas lições de aprendizado?
Diante de todo o impacto da Covid-19 no varejo, a grande lição é que o online e o físico precisam e devem estar integrados.
Os canais online são as ferramentas mais efetivas de aproximação e o omnichannel se descortina como estratégia no presente e para o futuro.
Físico e online integrados: ambos devem promover boas experiências ao consumidor.
Em relação às lojas físicas, em especial, é importante ressaltar que atualmente a boa experiência do cliente inclui também a segurança e a higienização do local que deve atender rigorosamente as normas da vigilância sanitária.
Afinal, cuidar de um é cuidar de todos,
Agora que você conferiu como foi o impacto da Covid-19 no varejo e as oportunidades que foram abertas, conte com a witu.digital para adequar o seu marketing. Estamos aqui com e por você.